"(...) as realidades mais óbvias, onipresentes e fundamentais são com frequência as mais difíceis de ver e conversar a respeito. Dito dessa forma, em uma frase, é claro que isso não passa de uma platitude banal, mas o fato é que nas trincheiras cotidianas da existência adulta as platitudes banais podem ter uma importância vital, ou pelo menos é o que eu gostaria de sugerir a vocês nessa manhã de tempo seco e agradável." (David Foster Wallace, "This is water", 2005)

sábado, 3 de maio de 2014

Mestre é quem ensina a caminhar

Neste link, texto de um professor sergipano sobre o falecimento, em 2010, do jurista argentino Luís Alberto Warat. Adorei o seguinte trecho:

Não sei se estarei sendo injusto com ele ao afirmar que ele não deixou discípulos. A meu ver, o seu legado maior foi “influenciar”, no sentido de mostrar caminhos intelectuais.

Não há melhor elogio a um professor que dizer que não deixou "discípulos", e sim que "mostrou caminhos intelectuais". Isso é ser um mestre no melhor sentido da palavra, conforme a frase de Plutarco que tanto me agrada: a mente do aluno é uma lareira que se deve acender, e não um vaso que se deve encher.