"(...) as realidades mais óbvias, onipresentes e fundamentais são com frequência as mais difíceis de ver e conversar a respeito. Dito dessa forma, em uma frase, é claro que isso não passa de uma platitude banal, mas o fato é que nas trincheiras cotidianas da existência adulta as platitudes banais podem ter uma importância vital, ou pelo menos é o que eu gostaria de sugerir a vocês nessa manhã de tempo seco e agradável." (David Foster Wallace, "This is water", 2005)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Enquanto houver capitalismo, haverá escravidão

Treze de Maio, abolição da escravatura- mas a pergunta continua, houve mesmo abolição? Preconceito de cor e exploração ainda são realidades, no Brasil e no mundo. E continuarão a ser na sociedade de classes. O combate ao racismo, portanto, anda junto com o combate à opressão de classe, que no capitalismo atingiu o paroxismo. Todas as lutas específicas -de cor, gênero, estudantil, ecológica- precisam estar inseridas na luta maior anticapitalista.

Quanto maior a opressão imposta a dado segmento social, maior a necessidade de engajamento na luta. Quando, em 1932, camaradas negros da África do Sul travaram contato com a Oposição de Esquerda (Bolchevique-Leninista), Trotsky, em circular interna, lembrou que a "palavra decisiva para o desenvolvimento da Humanidade" pertence às camadas do proletariado sob opressão de cor, duplamente exploradas na sociedade capitalista (aqui).

Não percamos isso de vista. A abolição da escravidão ainda está na ordem do dia.

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