"(...) as realidades mais óbvias, onipresentes e fundamentais são com frequência as mais difíceis de ver e conversar a respeito. Dito dessa forma, em uma frase, é claro que isso não passa de uma platitude banal, mas o fato é que nas trincheiras cotidianas da existência adulta as platitudes banais podem ter uma importância vital, ou pelo menos é o que eu gostaria de sugerir a vocês nessa manhã de tempo seco e agradável." (David Foster Wallace, "This is water", 2005)

quarta-feira, 9 de março de 2016

A inoperância da máquina judiciária

A inoperância da máquina judiciária. Um de meus processos se aproxima -espero!- da fase final. É de 2005, portanto mais de uma década de idas e vindas. Em outros casos, um, dois anos, para certificações ou juntadas de petição. A máquina está assoberbada, decerto; infelizmente, a solução encontrada tem sido a pior possível. Ao invés de melhorar o aparato -mais concursos, melhores condições de trabalho para os serventuários, mais alocação de recursos-, a tendência dos tribunais é cercear o acesso à justiça, direta ou indiretamente (rejeição de iniciais "ab ovo", negativa de seguimento a recursos por ninharias formalistas etc.). É jogar o problema para debaixo do tapete. O Novo Código de Processo Civil PARECE que melhorará isso. Aguardemos, tenho andado cético.

[Originariamente no Facebook, aqui]

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