Lendo Kerouac em ritmo vertiginoso, como é sua própria escrita. O que ele chama de prosa "espontânea", "(...) The Subterraneans em três noites- escrevi On the Road em três semanas". "Sozinho no topo da montanha" ("Alone on a Mountaintop", tradução de Eduardo Bueno, L&PM) me lembra Thoreau: o isolamento em uma cabana no meio do nada e as meditações em torno da natureza. Gostaria de passar uma experiência do tipo, ao menos uma vez na vida, apenas na companhia invisível de Avalokitesvara, o Urso Primordial, mas acho que ainda sou muito animal urbano para isso.
"(...) as realidades mais óbvias, onipresentes e fundamentais são com frequência as mais difíceis de ver e conversar a respeito. Dito dessa forma, em uma frase, é claro que isso não passa de uma platitude banal, mas o fato é que nas trincheiras cotidianas da existência adulta as platitudes banais podem ter uma importância vital, ou pelo menos é o que eu gostaria de sugerir a vocês nessa manhã de tempo seco e agradável." (David Foster Wallace, "This is water", 2005)
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