"(...) as realidades mais óbvias, onipresentes e fundamentais são com frequência as mais difíceis de ver e conversar a respeito. Dito dessa forma, em uma frase, é claro que isso não passa de uma platitude banal, mas o fato é que nas trincheiras cotidianas da existência adulta as platitudes banais podem ter uma importância vital, ou pelo menos é o que eu gostaria de sugerir a vocês nessa manhã de tempo seco e agradável." (David Foster Wallace, "This is water", 2005)

domingo, 14 de abril de 2013

Domingo de chuva, guerra- e Deus

Domingo chuvoso, aproveitar para ver A lista de Schindler. Liam Neeson e Ralph Fiennes são monstros, o enredo, baseado em fatos reais, impressionante. A 2ª Guerra Mundial é um manancial de histórias: do hediondo ao heroico, podemos encontrar de tudo ali. E como marcou a era contemporânea! Exupéry, citado nos dois últimos posts, foi abatido na guerra. Não se pode falar na história do século XX sem falar dela, que foi mesmo mundial, do círculo polar ártico ao deserto do Saara, passando pelas selvas do Pacífico Sul. E, diante da guerra, os sensíveis podem perguntar, "onde está Deus?". Mas não há quem responda.

Por falar em Deus, também neste domingo assisti a alguns programas sobre vida selvagem. Deus está ali, se me perguntassem: Deus é a própria complexidade da vida. Porque, se há algo divino, é aquela onça-pintada, do Mato Grosso, que, mesmo cega desde filhote, sobe em árvores e pesca no rio como se não a fosse. O instinto, em milênios de evolução, supre a ausência da visão. Isso é o milagre.

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